Category: Informativo

Nomenclatura / Prefixo e sufixos

1. Prefixos: se referem a componentes de rolamentos.
Exemplos de prefixos:
KGaiola
LAnel removível
RRolamento separável
N / NU / NUP / NJTipos de anéis int. e ext.

 

2. Sufixos: se referem a construção interna e externa do rolamento
Exemplos de sufixos:
A / B / C / D / EConstrução interna diferente e modificada.
XDimensões modificadas
RS / LS / 2RS / 2LSBlindagem (vedação)
NRanhura para anel de retenção
NRRanhura com anel de retenção
Z / ZZPlaca de proteção
ZNPlaca de proteção de um lado e ranhura do outro
ZNRPlaca de proteção e ranhura em ambos os lados
C1 / C2 / C3 / C4 / C5Folga interna em ordem crescente
MTGraxa para média temperatura em rolamentos blindados
LTGraxa para baixa temperatura em rolamentos blindados
HTGraxa para alta temperatura em rolamentos blindados
LHTGraxa para alta e baixa temperatura em rolamentos blindados

Notícias sobre os Anéis Nilos

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A SKF do Brasil, um dos maiores fabricantes de rolamentos do mundo, colocou em sua Comunicação Técnica Número 06 uma matéria a respeito de vedadores adequados para impedir a entrada de contaminantes e para evitar o vazamento de lubrificantes em rolamentos, onde menciona o seguinte a respeito dos Anéis Nilos:

“Outro tipo de vedador de contato bastante simples e eficiente é o anel Nilos. Consiste numa peça de chapa de aço com uma aresta que atrita contra um dos anéis do rolamento. Pode atritar no anel externo ou no anel interno. Como a aresta é comprimida contra o anel, depois de algum tempo de funcionamento cria-se no mesmo um sulco que proporciona uma excelente vedação.”

Ainda sobre as referências que a SKF faz sobre os Anéis Nilos, citamos também a última edição do seu Catálogo Geral, onde, na matéria a respeito de vedadores, a SKF afirma nas páginas 146 e 147, a seguinte característica de grande importância e que diferencia os nossos vedadores dos demais, quanto a sua eficiência, sendo:

“Os anéis vedadores elásticos, fornecem vedação simples, econômica e que ocupam pouco espaço… Após certo período de amaciamento, estes vedadores (Nilos) de contato tornam-se vedadores sem contato…”

Esta observação da SKF é uma curiosidade técnica, pois vem confirmar que os anéis Nilos nunca perdem o seu efeito de vedação, visto que após desgastar a sua borda de vedação, depois de certo período de funcionamento, passa de vedadores de contato para vedadores sem contato, o que permitirá vedar indefinidamente por estreita passagem.


Manutenção

maintenance

Rolamentos são componentes mecânicos robustos que possuem vida longa se:

  • montados corretamente;
  • tiverem boa manutenção;
  • possuírem uma vedação eficiente;
  • forem lubrificados corretamente.

PRAZO MÁXIMO DE ESTOCAGEM

  • Rolamentos com placas de proteção (ZZ) ……………………… 2 anos
  • Rolamentos com placas de vedação (2RS) …………………….. 3 anos

Este prazo deverá ser observado para evitar o endurecimento da graxa.


FORMA DE ESTOCAGEM

Os rolamentos deverão ser conservados limpos e banhados em óleo ou graxa e embalados em papel parafinado.


VERIFICAÇÃO DE ROLAMENTOS

1º) OUÇA

Coloque um bastão de madeira, uma chave de fenda ou outro objeto similar contra o alojamento (mancal) do rolamento ou o mais perto possível dele. Aproxime seu ouvido da outra extremidade. Se ouvir um ruído uniforme, porém metálico, indica que falta lubrificação; caso o rolamento já esteja danificado, o som será bem característico de peças soltas e batendo entre si.

2º) SINTA

Verifique a temperatura da aplicação usando um termômetro, um giz sensitivo ao calor ou simplesmente colocando a mão no alojamento ou mancal do rolamento. Se a temperatura parecer mais alta do que o normal ou com variações bruscas, pode estar ocorrendo algum dos fatores abaixo:

  • nenhuma, pouca ou excesso de lubrificação;
  • sujeira devido à ausência de uma vedação eficiente;
  • excesso de pressão do vedador;
  • rolamento danificado;
  • rolamento sobrecarregado;
  • rolamento mal especificado;
  • rolamento com folga interna pequena.

Entretanto, lembre-se que, logo após a lubrificação, haverá aumento natural da temperatura durante 1 a 2 dias.

3º) OBSERVE

Assegure-se de que o lubrificante não está escapando através de vedadores pouco eficientes ou defeituosos ou por bujões insuficientemente apertados.
Nos casos de vazamentos ou quando efetuar trocas do lubrificante, verifique a sua cor, que sofrerá alterações com a entrada de impurezas e outros contaminantes. Quando existe um sistema de lubrificação automático, seu funcionamento deve ser verificado periodicamente.

4º) LUBRIFIQUE
1) Com graxa: óleos que contêm engrossantes na forma de sabão.

Ao selecionar a graxa, deve-se levar em consideração 3 fatores:

  • a consistência (classificada de acordo com a escala NLGI – National Lubricating Grease Institute);
  • a faixa de temperatura de trabalho;
  • as propriedades anti-corrosivas.
  • Geralmente as graxas à base de sabão utilizadas em rolamentos têm consistência 1, 2 ou 3.
1.1) Graxas à base de cálcio

Temperatura máxima de 60ºC
Contêm aditivos de sabão de chumbo e são indicadas para umidades, inclusive água salgada.

1.2) Graxas à base de sódio

Temperatura de –30 a +80ºC
Oferecem proteção contra a corrosão porque absorvem a umidade; mas, se a umidade for excessiva, a graxa poderá escorrer para fora do rolamento.

1.3) Graxas à base de lítio

Temperatura de –30 a 110ºC
Contêm aditivos de sabão de chumbo e são indicadas para umidades, inclusive água salgada.

1.4) Graxas à base de bissulfeto de molibdênio.

Indicadas para extrema carga e pressão.

1.5) Graxas para temperaturas acima de 110ºC

Geralmente sem sabão, como, por exemplo, as graxas de silicone.


QUANTIDADE DE GRAXA REQUERIDA NO ROLAMENTO

Levando-se em consideração a rotação, o espaço disponível deverá ser preenchido conforme abaixo:
Alta rotação — menos que 1/3 do espaço disponível.
Média rotação — 1/3 do espaço disponível.
Baixa rotação — todo o espaço disponível.

OBS.: Quando nenhuma recomendação é dada, pode-se calcular a quantidade pela fórmula abaixo:

G = 0,005 DB
onde, G = quantidade em gramas
D = diâmetro externo do rolamento em milímetros
B = largura do rolamento em milímetros

2) Com óleo
2.1) Óleos minerais

Refinados e com solventes podem ser usados na lubrificação de rolamentos. São utilizados, normalmente, óleos com índice de viscosidade médio ou alto, para média e baixa rotação, permitindo a formação de um filme de óleo suficientemente espesso.

2.2) Óleos sintéticos

Temperaturas acima de 125ºC (tipo poliglicol). (Outros – Consultar o fabricante.)
Em altas rotações, óleos de baixa viscosidade devem ser usados para manter baixa a temperatura do rolamento.


Comentários gerais sobre os Anéis Nilos

A NILOS DO BRASIL fabrica vedadores especiais para rolamentos que atuam principalmente em ambientes poluídos e agressivos onde os vedadores comuns ou genéricos falham.

Os Anéis Nilos são amplamente usados e recomendados:

1 Em altas temperaturas ou em locais onde haja desgaste anormal e muito rápido de rolamentos ou dos vedadores comuns. Essas são as situações preferidas e de sucesso dos Anéis Nilos. Sua principal característica técnica consiste em NUNCA perder o seu efeito de vedação, pois o grande segredo, agora revelado, é que sua função de vedar por contato se transforma em pouco tempo de uso em vedação por estreita passagem (micro-labirinto) o qual permanece por toda a vida útil prevista para o rolamento.

2 Por outro lado, se uma máquina já está muito usada, foi mal construída ou mal projetada, o desgaste do rolamento é enorme e, nestes casos, além do elevado consumo de rolamento, joga-se fora toneladas de lubrificantes tentando resolver o problema causado por excesso de atrito. Porém, mesmo nestes casos a situação pode ser minimizada utilizando-se os Anéis Nilos, que possuem elasticidade suficiente (vedadores de contato) ou folgas axiais e radiais (labirintos) que podem compensar vibrações e oscilações do equipamento, além de permitir lubrificação permanente ou periódica.

3 Os vedadores comuns necessitam de uma superfície vedante muito bem acabada, retificada, polida, tratada termicamente e até mesmo revestida com cromo duro. Já os Anéis Nilos vedam diretamente nas laterais dos anéis do rolamento sem qualquer necessidade de acabamento, retificação, polimento e tratamento térmico, pois os rolamentos já apresentam uma superfície adequada para atuação de sua borda de vedação.